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Mostrando postagens de setembro, 2014

Jade, um novo som para o espanhol

Quando eu decidi morar em outro lugar tive que enfrentar muitos desafios. Um deles foi aprender uma outra língua e cultura, hábitos regionais e me adaptar a uma nova estação climática, o calor intenso e úmido. Decidi que seria uma boa experiência e me aventurei a viver em Cuba por três anos, longe da minha família e amigos, mas fazendo algo que eu gosto, estudar e conhecer novas pessoas, novas cidades, costumes, experiências e até uma nova forma de falar o meu nome. Eu sou a mais velha da minha casa (por favor não espalhem) e minha mãe decidiu chamar sua primeira filha de Jade. Ela tinha assistido ao filme "Amor sem fim", onde a protagonista assim se chamava. Meu nome significa uma pedra preciosa verde escura encontrada no Oriente.  Mas o que eu mais gosto no meu nome é do som da palavra e não do seu significado. Jade é como algo suave e doce, uma palavra curta, mas forte como a minha personalidade. Chegando em Cuba, ainda no aeroporto, percebi que meu nome não era d

Aventuras em série em Havana - Parte 1

No finalzinho das minhas férias aqui na escola, eu cheguei uma semana e meia antes das aulas começarem, fomos dar um daqueles passeios em Havana durante a semana, o que significa que não havia ônibus direto da escola para a capital, mas estávamos decididos a ir, logo, fomos. No grupo estavam eu e mais dois brasileiros, um espanhol e uma uruguaia. Pegamos carona no ônibus dos trabalhadores que iriam para San Antonio de los Baños e de lá pegamos uma máquina (taxi em carro antigo) até Havana. Esses taxis são coletivos, então cada um paga sua viagem num preço fixo, que seriam 25,00 moedas nacionais ou 1 CUC, bem barato pela distância que percorreríamos. A diversão já começa na guagua da escola, onde todos os trabalhadores começam a gritar "estudantes que vão pra Havana", esse é o aviso de chegou seu ponto. Vou fazer um parêntese aqui para contar como todos aqui na escola sabem tudo sobre a gente, chega a dar medo! Eles já sabem pra onde vamos, com que roupa estamos e com

Havana, a cidade perdida no tempo

No sábado fomos todos a Havana, leia todos como seis brasileiros, um costa riquenho e uma peruana, pois ainda é férias. A "guagua" ou ônibus saiu da escola as 10 da manhã e retornaria as 10 da noite, logo passamos todo o dia em Havana. A cidade é encantadoramente linda, principalmente porque existe uma mistura muito grande do velho e do novo, do antigo e do moderno. A guagua nos deixa na "Copélia ", um dos pontos turísticos pra quem gosta de "helado" ou sorvete. Os cubanos vão todos para lá no fim de semana com suas famílias e se formam imensas filas para conseguir entrar e tomar um helado de fresas. Lá o pedido mais famoso se chama ensalada, o que significa que serão 5 bolas de sorvete com bolachinhas. Aqui você não escolhe o sabor do helado, é o que tem. Na nossa vez era morango ou fresas, algum tempo depois a senhora nos avisou que havia chegado o de chocolate e coco. Tomamos nossas 5 bolas de sorvete por R$ 5 MIN (Moeda Nacional o mesmo que dinhe

Assistindo novela brasileira em Cuba

Os cubanos adoram novelas, principalmente as novelas brasileiras. Na primeira noite, como estávamos um pouco elétricos por causa das novidades e mortos de sede, ficamos perambulando pela Escola a noite em busca de água, logo encontramos dois "rondas" que estavam assistindo novela na lanchonete fechada (ainda é férias). Ficaram empolgadíssimos ao nos ver e foram logo dando as cadeiras e nos convidando para assistir a novela com eles. Falavam da atriz Gloria Pires que está na novela atual e da Avenida Brasil, que acabou a pouco tempo e de tudo mais relacionado a novelas. Aqui a novela, em cartaz, é a Paraíso Tropical e foi muito estranho assisti-la em espanhol com aquela dublagem de esquisitas nos personagens que já conhecemos. Ah! Os rondas nos conseguiram água gelada e fresca e são tão eficientes que no dia seguinte improvisaram uma geladeira que está sempre cheia de água e copos gelados. Falando em gelado, esse conceito se perde em Cuba. Aqui é tão quente que o

A enfermaria

Chegamos na EICTV as 17 horas, horário local, no Brasil eram 18h. Tivemos primeiro que passar pela enfermaria para fazer nossa ficha e marcar a consulta com a médica. O atendimento médico é tão eficiente e criterioso que sufoca. Sim sufoca! Vou explicar melhor. Ao chegarmos somos medidos, pesados e aferem nossa pressão. A minha, não sei por que cargas d'água deu alta e a enfermeira aferiu três vezes me olhou como uma cara séria e preocupada e sim, passou tudo isso para a médica que desde a manhã seguinte não pode me encontrar no corredor que pergunta da pressão. Me mandou fazer um eletro, que fiz na própria escola no mesmo dia e resultado foi ótimo, ou seja pressão alta por ansiedade provavelmente, mas até hoje ela me procura para uns novos exames. Corro dela nos corredores. Imaginem que me mandou parar de beber, logo agora que conheci o rum.  No dia seguinte passamos a manhã toda na enfermaria para fazermos nosso prontuário, onde é investigada toda a nossa vida, desde bem peq